O prefeito Maycol Queiroz sofreu sua primeira derrota na Câmara Municipal, na sessão de ontem (2), ao não conseguir 2/3 dos votos para aprovar projeto que modifica artigos da Lei Organiza e que interferem na eleição da Mesa Diretora.

A sessão ordinária corria tranquila, depois de uma Moção de Aplausos ao pastor da igreja presbiteriana, apresentada pela vereadora Anderkleine Queiroz.

 Até que dois requerimentos de urgência foram apresentados: o primeiro, pelo presidente da Casa, vereador Edmar Pires JR Dóllar para PLC Projeto de Lei Complementar nº05 de 02/12 que dispõe sobre estrutura organizacional dos gabinetes de vereadores.

O texto foi aprovado por unanimidade uma vez que atende anseio dos vereadores na busca da igualdade de condições quanto ao número de assessores por gabinete. O segundo requerimento de urgência foi apresentado pelo vereador Marcos Carenga alterando os artigos 41 e 42 da Lei Orgânica Municipal que tratam do funcionamento da Câmara, interferindo na questão da mesa diretora.

Rebelião

O líder do prefeito, vereador Andrew Robalinho rebelou se contra o projeto  enviado pelo poder Executivo. “É um projeto deveras inconstitucional e afronta a separação dos poderes. Ele não tem condições de prosperar por isso defendo que quem deve presidir a Câmara deve ser alguém com conhecimento jurídico”, argumentou Robalinho.

“Isso na Justiça não passa”, alertou o vereador. Se for aprovada aqui hoje, vai mostrar que o prefeito, não só manda na Prefeitura, como mostra que administra a Câmara Municipal. Sou líder do prefeito, mas isso é um absurdo. Ele quer ganhar no tapetão”, afirmou Robalinho

“Achei que tivesse visto de tudo”, comentou o vereador Robson Rezende. “Gostaria de encerrar meu mandato sem presenciar essa experiencia de tamanha autoridade e desrespeito à Constituição Federal” avaliou.

No encaminhamento da votação. Andrew Robalinho e Gilson Santana votaram contra o projeto junto com os três vereadores de oposição, Fabiano Agi, Robson Rezende e Sargento Benitez. A base do prefeito conseguiu 7 votos, insuficientes para conseguir a maioria de 2/3, necessários para a aprovação.

Ao discutir o projeto, Andrew disse que vai até as ultimas consequências para garantir independência dos poderes. A próxima sessão da Câmara Municipal será no dia 09 de dezembro, quando vereadores começam aprovação do Orçamento 2025.