Verão começa com o dia mais longo e a noite mais curta: Previsão de chuvas abaixo do esperado
O verão no Hemisfério Sul inicia-se amanhã, dia 21 de dezembro de 2024 às 05h20 (horário de MS) e termina no dia 20 de março de 2025, às 05h02 (horário de MS). É um período caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo.
O prognóstico do verão 2024-2025 alerta que as chuvas de janeiro e fevereiro serão irregulares, isoladas e abaixo do esperado. O verão começa às 5h21 deste sábado (21), marcando o dia mais longo e a noite mais curta do ano. O término está previsto para as 5h01 de 20 de março de 2025.
As informações são do meteorologista Natálio Abrahão Filho, que divulgou ontem (19) as projeções com base nas estatísticas da estação UNIDERP. Em janeiro, as chuvas serão irregulares e mal distribuídas, ficando abaixo do esperado nos municípios das regiões Leste e Nordeste, como Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Inocência e Água Clara.
De acordo com o documento obtido pelo Blog do Bolsão, haverá chuvas mais intensas do meio para o final de janeiro nas regiões Leste e Nordeste. O meteorologista aponta que as oscilações nas temperaturas das águas do Oceano Pacífico não confirmam a influência do evento La Niña.
Durante o próximo trimestre, as condições climáticas e meteorológicas no país serão influenciadas por neutralidade climática. “Os dias serão quentes, com máximas acima dos 30 graus. As temperaturas mínimas começam a cair no final de fevereiro e início de março”, registra Abrahão Filho.
No verão, ocorrem os meses com os maiores índices pluviométricos do ano. As temperaturas apresentam médias de 25,6 graus, com média das máximas em torno de 31,2 graus e das mínimas em 21,7 graus.
Os dias são mais longos que as noites – amanhece cedo e escurece tarde. No fim do verão e próximo ao outono, os dias e as noites se equilibram em duração.
As chuvas diminuem em fevereiro, antes do término da estação em 20 de março, com temperaturas mínimas abaixo de 20 graus e umidade em declínio. A umidade relativa do ar frequentemente ficará acima de 45% nos valores mínimos, com sensação de mormaço.
Mesmo com índices pluviométricos abaixo do esperado previstos para janeiro e fevereiro, em alguns momentos as chuvas podem ser intensas e provocar casos de enchentes, alerta Natálio. No entanto, ele descarta cenários de transbordamentos em rios e lagos nas regiões Leste, Nordeste e Sudoeste.
As chuvas da estação estão associadas às passagens de frentes frias e ao sistema meteorológico conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). O estudo da estação UNIDERP recomenda medidas de proteção e prevenção contra descargas elétricas e raios, devido aos perigos e danos que podem atingir pessoas e animais.
“É o período do ano com os maiores índices de acidentes”, destacou Natálio, recomendando cuidados em caso de ocorrência de raios e descargas elétricas. Entre as recomendações, estão:
- Não ficar embaixo de árvores ou postes elétricos;
- Evitar piscinas, rios, lagos e cercas metálicas;
- Não encostar em partes metálicas;
- Evitar andar descalço em enxurradas;
- Restringir o uso de telefones fixos e celulares;
- Permanecer dentro de casa ou em carros, que são as maiores proteções.
Médias históricas e previsões
A média histórica de chuvas em Paranaíba no período de 1985 a 2020 registra 210,5 mm em janeiro, 145,0 mm em fevereiro e 180,0 mm em março. As temperaturas médias no período de 1980 a 2010 variam em Paranaíba entre 25,5°C em janeiro, 25,0°C em fevereiro e 24,5°C em março.
Alerta de raios ultravioleta
A radiação ultravioleta atingirá índices máximos, especialmente em dezembro e janeiro, em todo o estado. Os raios solares serão intensos, com índices extremos de raios UV, exigindo cuidados para prevenção de câncer de pele.
Entre dezembro e fevereiro, as temperaturas oscilarão entre 30°C e 33°C. É necessário adotar cuidados entre 10h e 16h devido aos raios UV. O risco se eleva na ausência de nuvens.
O uso de chapéus, óculos, roupas adequadas e filtros solares com FPS acima de 30 minimiza os efeitos para pessoas com pele mais clara ou mais sensíveis.
“Todos, independentemente da cor da pele, são expostos a estes efeitos porque sua absorção é cumulativa. Ou seja, se houve exposição, o dano está feito”, ressaltou Abrahão Filho.
Estação Metereológica UNIDERP em Campo Grande-MS